O termo User Experience ou Experiencia do Usuário te soa familiar? Cada vez mais recorrente e necessário no desenvolvimento de produtos sejam eles digitais ou palpáveis. Traz o fator principal na experiência e emoções, sejam elas frustração ou satisfação, ao usuário desde o momento de primeiro contato até a ação de utilizar o produto em si.
Portanto, seu software ou produto deve se adaptar para atender as necessidades de seu usuário, caso contrário este irá buscar outras maneiras, mais simples e práticas, para realizar determinada tarefa. Sendo assim, seu negócio corre o risco de perder usuários para os concorrentes, afinal ninguém busca por soluções complexas ou de difícil entendimento.
Venha entender mais sobre a importância da aplicação do User Experience (Experiência do Usuário) no seu projeto.
Usabilidade
Jakob Nielsen criou o movimento da engenharia de usabilidade voltada para melhorias significativas das interfaces de usuário. Segundo ele, o termo usabilidade se refere à fatores que são utilizados para avaliar se seu produto atende aos objetivos para os quais foi criado. Em outras palavras, é a facilidade de interação entre usuário e ferramenta gerando uma reação positiva vinda de seu user.
Sendo assim, Nielsen (1993)divide esse movimento em 5 principais fatores: habilidade de aprendizado, eficiência de uso, habilidade de memorização, erros e satisfação.
Entende-se por habilidade de aprendizado, quando uma interface não impõe excessivas dificuldades ao entendimento. É fundamental que o usuário já compreenda todo caminho, que deve seguir para realizar uma ação, logo no primeiro contato visual com sua ferramenta.
Mas, o sistema não deve ser tão complexo, na dúvida sempre opte pelo simples. Seu usuário necessita atingir a maior produtividade possível, sendo de uso eficiente. Tal nível de produtividade pode não ser atingido em sistemas mais complexos e sem percurso de execução de tarefas evidente.
Portanto, logo compreendemos que o projeto deve ser de fácil memorização de uso. Lembre-se dos usuários casuais, se os pontos principais de ação não estiverem em evidência, estes vão ter que aprendê-lo toda vez que o usarem. O que gera insatisfação e muitas vezes abandono da ferramenta.
Outro ponto chave, é a tolerância aos erros e saber como auxiliar os usuários na recuperação destes. Jamais direcione seu user para uma página de erros sem apontar uma solução de problemas. Essa pode ser a maior frustração que seu usuário pode ter, gera o sentimento de falha sem um motivo explícito do que ocorreu e qual caminho deve-se seguir à partir dali.
Já a satisfação refere-se ao atributo que identifica o grau de satisfação que um usuário experimenta ao interagir com o sistema. Nielsen (1993) define uma técnica para mensurar esse atributo através de pesquisas de satisfação.
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Princípios e diretrizes da User Experience
Desenvolva um projeto para todos com linguagem simples de entendimento e de fácil interação entre sistema e usuário. O design deve ser confortável e adaptável a todos os tipos de corpos, alturas e mobilidades, contribuindo para menor ocorrência de erros e aumentando o nível de satisfação de seu usuário.
Segundo Barbosa e Silva (2010) há inúmeras diretrizes que facilitam na hora no processo de desenvolvimento do projeto, cito aqui algumas delas:
Correspondência com as expectativas do usuário
Relaciona-se com o mapeamento que o designer deve fazer de uma determinada realidade ou objeto e a sua forma de manipulação, que devem ser compreendidos de forma natural e intuitiva pelo usuário.
Crie os grupos de ações seguindo uma ordem natural e lógica de como as coisas funcionam e quais as possíveis sequências para determinadas ações, e também utilize palavras familiares ao user.
Visibilidade e reconhecimento
Norman (2013), considera que as ações disponíveis ao usuário devem se encontrar em controles visíveis e com fácil interpretação, caso seu user esqueça de alguma funcionalidade existente, temos esse controle para lembrá-lo.
Promover a eficiência do usuário
Projete uma interface voltada ao seu usuário e não ao seu sistema e jamais se esqueça: você não é seu usuário! O que pode parecer simples para uns, pode não ser para outros.
Nos processos mais demorados, permita que o user continue seu trabalho em outras tarefas e evite interromper atividades ou desfocar a sua atenção.
Antecipação
Este princípio permite prever as necessidades do usuário, facilitando o diálogo e evitando erros. Interfaces proativas ou inteligentes permitem um diálogo mais rico em possibilidades, reduzindo a ocorrência de erros ou aparição de dúvidas.
Seu projeto deve ser voltado para erros
Sua interface deve ser “projetada para o erro”, admitindo que estes acontecem durante a interação. Portanto, projetar como a interface se recupera destes estados e as informações que devem ser transmitidas ao usuário é fundamental. (NIELSEN 1993); (SHNEIDERMAN et al.,2016).
Não se esqueça de guiar o usuário a uma saída para corrigir o erro, nunca o deixe sem saber o que aconteceu e como poderia refazer a ação.
Esses são apenas alguns dos princípios que um projeto voltado a experiência de usuário deve seguir, claro que há muitos outros que podemos pontuar. O intuito é que se entenda que o protagonista aqui é o usuário, devemos atender suas necessidades, vontades e solucionar suas dores. Entenda sua persona e pesquise muito antes de aplicar qualquer ideia.
Faça testes e observe os feedbacks do seu projeto de User Experience
Segundo Netto (2004), a maioria dos problemas de interação acontece na realização das tarefas, estes podem ser da seguinte natureza: falha de execução da mesma, erro de navegação, falhas na interpretação de signos, casos de não percepção ou incompreensão.
Os feedbacks e pesquisas de satisfação são recursos que devem ser usados para mensurar a eficácia, facilidade de aprendizado e taxa de erros, possibilitando assim acrescentar novas ideias e melhorias.
Aqui uma folha de papel é sua melhor amiga, rabisque muito! Crie protótipos de baixa fidelidade, desenhe a representação de telas, como será a interação de uma para outra e teste com usuários e equipe, isso te possibilita eliminar ideias que não são usuais.
Após os testes iniciais, crie um protótipo de teste mais fiel ao que será entregue e realize novos testes de usabilidade com usuários para analisar se iremos atingir os resultados planejados anteriormente. Não se esqueça de colher feedbacks e faça uma análise minuciosa, entenda seu usuário e os caminhos que ele segue para executar uma ação. Identifique e elimine erros que foram praticados durante o uso.
Atente-se aos detalhes, uma interface que não apresenta reações às ações do usuário e proporciona estados de incerteza ao utilizador, não são usuais.
Nosso objetivo é criar uma imagem do sistema que possibilite ao usuário criar um modelo mental de uso correto do que foi implementado.
A diversidade de usuários é imensa e é muito importante sempre levar em consideração que cada um irá agir e sentir de uma maneira diferente em relação ao que você está oferecendo.
Esses foram alguns dos pontos que devem ser cuidadosamente observados ao adotar o UX Design. Fique atento a cada um deles, são diretrizes importantes para uma boa experiência.
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